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Agua
A água é uma substância composta por elementos químicos, sendo 2 partes de hidrogênio (H) e 1 parte de oxigênio (O). Sua fórmula química é H2O. A superfície da Terra é coberta por 75% de água. A água salgada está presente nos mares e oceanos, representando 97,4% de toda a água, que contabiliza quase 1,5 bilhão de km³. A água doce não chega a 3%, sendo que 90% desse volume correspondem a geleiras, rios, lagos e lençóis subterrâneos. Só uma pequena parte de toda a água do planeta serve para o abastecimento da população.

A ÁGUA E A VIDA



Os primeiros seres vivos da Terra surgiram na água há cerca de 3,5 bilhões de anos. Sem ela, acreditam os cientistas, não existiria vida. A água forma a maior parte do volume de uma célula. No ser humano, ela representa cerca de 70% de seu peso. O transporte dos sais minerais e de outras substâncias, para dentro ou para fora da célula, é feito por soluções aquosas. Mesmo a regulagem da temperatura do corpo depende da água, sendo pelo suor que expelimos parte do calor interno.

ÁGUA NO CORPO HUMANO E EM NOSSA SAÚDE



Dois terços do corpo humano são compostos por água, enquanto 75% do cérebro humano é formado por água e do sangue é formado por 83% de água. Ela tem como função transportar substâncias no interior do organismo e também eliminar substâncias que não interessam mais ao corpo humano, liberadas no meio ambiente principalmente pelas fezes e urina. Essa quantidade de água no corpo é constante, e como nós eliminamos água através da transpiração, respiração e excreção, é necessária a sua reposição. Por esse motivo é que bebemos água. Entretanto, a reposição também é realizada através da alimentação, já que quase todos os seres vivos são constituídos de uma grande quantidade de água, que ingerimos quando nos alimentamos.

A água é fundamental para todos os órgãos do nosso organismo, pois é ela, através do sistema de transporte celular, que garante a chegada de nutrientes para as células e que auxilia a dissolução dos sais minerais. A água auxilia na desintoxicação dos rins e no controle da temperatura do corpo, na forma de suor. Ela possibilita a lubrificação das articulações, ossos e dá a flexibilidade necessária aos músculos. Não se deve tomar água somente quando estamos com sede, pois este já é considerado um sinal de desidratação. Se uma pessoa perder 20% da água de seu corpo irá a óbito.

A ausência da água faz aparecer sintomas mórbidos, como dor de cabeça, moleza e confusão mental. A ausência desse líquido pode provocar doenças irreversíveis. A falta de água pode causar o engrossamento das células sangüíneas e será uma das causas da hipertensão. Pesquisas mostram que a diminuição da ingestão de água nas primeiras semanas de uma dieta alimentar aumenta em muito a perda de água corporal, devido à desidratação, além de diminuir a proporção de gordura queimada. Por isso, é importante fornecer uma quantidade adequada de água ao organismo durante o período da dieta alimentar (restrição calórica). O não consumo de água prejudica a queima de gordura.

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ÁGUA NO CORPO HUMANO E EM NOSSA SAÚDE



Foi instituído pela Organização das Nações Unidas em 1992, o Dia Mundial da Água, sendo comemorado no dia 22 de março. O objetivo é a discussão sobre os diversos temas relacionados a este importante bem natural.

No Brasil a adesão partiu do Congresso Nacional. A Lei nº 10.670, de 14 de maio de 2003, instituiu o Dia Nacional da Água, que também passou a ser comemorado no dia 22 de março de cada ano, simultaneamente à data mundial.

A ONU redigiu um documento intitulado Declaração Universal dos Direitos da Água. Abaixo, seus principais tópicos:
1. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é rara e dispendiosa e pode escassear em qualquer região do mundo.
2. A utilização da água implica respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza.
3. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
4. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada comracionalidade e precaução.
5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
6. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável pela água da Terra.
7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Dela dependem a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.
9. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
10. A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua proteção e as necessidades econômica, sanitária e social.

ÁGUA POTÁVEL



A água é considerada potável quando não contém elementos que prejudicam a saúde humana. Tais elementos podem ser tanto químicos (substâncias tóxicas) quanto biológicos (organismos patogênicos). Deve-se ressaltar que a diferença entre água poluída e água contaminada. Não existe água totalmente pura na natureza.

Substâncias Nocivas



A água na natureza possui vários compostos químicos, responsáveis por sua cor, cheiro e paladar. Algumas dessas substâncias são essenciais à saúde, como os sais minerais. Outras, entretanto, são tóxicas ao homem, como é o caso dos metais pesados (mercúrio, chumbo e cobre). Há também diversos microrganismos, que nascem, se reproduzem e morrem na água e, geralmente, não provocam doenças ao homem. A exceção vale para algumas espécies, que produzem substâncias tóxicas. Organismos parasitas também surgem na água por meio das fezes de pessoas contaminadas, tornando a água o veículo de proliferação dessas doenças.

Para não ser considerada poluída, a água deve ser clara, sem sabor e inodora, embora esses aspectos não garantam que ela seja potável. A água potável é aquela que não está poluída ou contaminada, e somente por meio de exames feitos em laboratório pode-se ter certeza se a água pode ser consumida sem riscos à saúde.

BACIAS HIDROGRÁFICAS



Bacia Hidrográfica é um conjunto de terras por onde todas as águas da chuva e dos rios e seus afluentes correm. Em uma bacia de uso residencial, quando colocamos pingos de água em sua borda, a tendência é de as gotas escorrerem para dentro. Na natureza, ocorre processo semelhante, onde as águas tomam a direção do rio principal, que determina seu nome. As bacias estão divididas pelas montanhas (divisores de água) e se interligam através de vales (pontos mais baixos do relevo), por onde as águas se encontram, formando córregos, ribeirões, rios, seguindo até o local mais baixo do relevo. Nas bacias hidrográficas, podem ser observadas os topos de morros, as encostas e os vales. Por menor que seja o vale, é comum encontrarmos pelo menos uma nascente no seu interior. Toda nascente é alimentada pelo reservatório de água subterrâneo, que, por sua vez, é alimentado pela água da chuva que infiltra no solo.

ÁGUA SOBRE O SOLO



A água sobre a superfície do solo está diretamente ligada à água sob o solo, pois é do afloramento dos lençóis freáticos que surgem as nascentes e lagoas. Se o subsolo não estivesse repleto de água, ao invés de aparecer na superfície, ela se infiltraria e se depositaria nas camadas inferiores do solo. O curso das águas se inicia nas regiões montanhosas, onde eles brotam do solo pelas nascentes e vão se encontrar com outros cursos, aumentando de volume. A soma de vários pequenos córregos forma os rios que, ao receberem outros afluentes, vão se tornando cada vez mais volumosos.

O que são nascentes?



Nascentes são pontos onde a água do aquífero sai para a superfície do solo. São basicamente dois os tipos de nascentes: as de encosta e as difusas. Além destes tipos, as nascentes também podem ser intermitentes, que são aquelas que somem durante uma época do ano e voltam a aparecer em outras épocas, dependendo das chuvas.

Nascentes de encosta:

Chamadas de olhos de água, são nascentes que surgem quando a camada impermeável se encontra com a superfície do solo, ocorrendo o afloramento do lençol freático.

Nascentes difusas:

A camada impermeável sob a superfície do solo faz com que o lençol freático se eleve até a superfície do terreno. Aparece sob a forma de terrenos encharcados, originando um grande número de nascentes em vários pontos do terreno.

FATORES QUE INFLUENCIAM A QUANTIA DE ÁGUA EM UMA REGIÃO



São três os fatores para o abastecimento dos lençóis subterrâneos e, conseqüentemente, responsáveis pela formação de nascentes: a precipitação, a infiltração e a evapotranspiração.

Precipitação:

Fenômeno no qual as nuvens se transformam em chuva. Quando a chuva atinge o solo, parte da água infiltra e parte da água escoa sobre a superfície. A água do escoamento superficial vai em direção a pontos mais baixos do terreno, caindo nos mananciais, podendo acarretar problemas como enchentes. O escoamento de águas de chuva é responsável também por problemas de erosão, assoreamento de cursos de água e transporte de resíduos sólidos ou de agricultura, contaminando as águas.

Infiltração:

É a penetração da água da chuva no solo. A infiltração depende das condições do solo. Quanto mais vegetação e húmus tiverem a superfície, mais fácil será a infiltração. Terrenos compactados por estradas e pisoteamento de gado dificultam a infiltração. Na área urbana, os calçamentos das ruas, o telhado das casas ou pavimentação do solo impede a infiltração, fazendo com que a água escorra sobre a superfície do solo e deixe de contribuir para o abastecimento dos lençóis freáticos. Com isso, as nascentes e poços ficam prejudicados, e pode haver problemas de inundações em pontos mais baixos do terreno.

Evapotranspiração:

É a combinação da evaporação com a transpiração. A evaporação da água é sua transformação de estado líquido para vapor pela ação do sol. A evaporação ocorre onde há superfícies de água como lagos, represas, rios entre outras. A transpiração é a perda de água das plantas, sob a forma de vapor, realizada através de suas folhas. As plantas cujas raízes atingem o lençol freático têm o grande poder de transferir a água do lençol para a atmosfera. Essas plantas são chamadas de freatófitas. Quando plantadas junto às nascentes, elas podem diminuir a vazão de água destas devido a sua transpiração. Com a movimentação de enormes volumes de água do solo para a atmosfera, a vegetação contribui para a manutenção da umidade atmosférica, regularidade das precipitações pluviométricas e outros fatores ecológicos e meteorológicos.

Podemos perceber que a precipitação e a infiltração contribuem para aumentar a água do subsolo, enquanto a evapotranspiração contribui para diminuir a quantidade de água. Para se conseguir aumentar o volume de água das nascentes de determinada região, devemos dar condições de haver maior infiltração e diminuição da evapotranspiração.

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Como assegurar a infiltração de água no solo?



Proteger o solo contra a erosão e evitar sua compactação e impermeabilização dá condições para a infiltração da água. Reflorestamento no topo dos morros, que permite maior infiltração da água e evita o escoamento superficial. Em regiões pavimentadas, a superfície do solo fica impermeabilizada e faz com que a água contribua para enchentes ao invés de abastecer o lençol freático. As matas ciliares são importantes para evitar a erosão e, conseqüentemente, o assoreamento dos cursos de água. Elas também agem como um filtro que ajuda a diminuir o impacto de lixo e agroquímicos nos cursos de água. A vegetação nativa ao redor dos cursos de água assegura a preservação do ecossistema local.

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Pluviometria



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FATORES QUE INFLUENCIAM A QUANTIA DE ÁGUA EM UMA REGIÃO



A agricultura também pode causar impacto no meio ambiente, afetando o solo e conseqüentemente, a água. Conservar o solo é muito importante, tanto para a agricultura quanto para manter a qualidade da água. O uso inadequado do solo pode causar os seguintes problemas:

Erosão:

A erosão ocorre quando o solo é transportado pela chuva. Essa terra acaba nos mananciais, causando o assoreamento e deixando a água barrenta. A erosão prejudica a agricultura e a qualidade da água. As erosões muito graves são chamadas de voçorocas. Quando uma área vira uma voçoroca, quer dizer que toda a terra fértil (boa para agricultura) foi carregada pela chuva para algum manancial que deve, portanto, estar assoreado.

Compactação:

O uso excessivo e inadequado de máquinas agrícolas pode deixar a terra dura, em um processo chamado compactação. Nessa terra endurecida, as raízes das plantas têm dificuldade de crescer, e sem raízes boas, as plantas não se desenvolvem, prejudicando a produção agrícola. A compactação também dificulta que a entrada da água no solo e sua chegada ao lençol freático. Quanto menos água no lençol freático, mais fundo tem de ser o poço para achar água. O uso das máquinas certas na época certa impede que ocorra a compactação.

Lixiviação:

A lixiviação ocorre quando a água da chuva lava da terra os adubos. Quanto mais a água corre por cima da terra mais adubo ela arrasta para o rio. O adubo, comprado pelo produtor rural, quando carregado aos mananciais, prejudica todo o ecossistema aquático. A conservação do solo evita tanto a erosão e a lixiviação. É feita com curvas de nível e/ou terraços, dependendo de cada propriedade.

Os Agroquímicos



Os agroquímicos (herbicidas, inseticidas, pesticidas) devem ser usados com cuidado, pois podem contaminar seriamente os mananciais e causar doenças na população. Algumas recomendações para sua utilização:
•Nunca aplicar esses produtos nas proximidades dos mananciais;
•Usar somente agroquímicos com autorização de um técnico responsável;
•Não misturar diferentes agroquímicos para usar na lavoura;
•Não lavar tanques de tratores e aviões que aplicam esses agroquímicos, usando e devolvendo a água para os mananciais;
•Não jogar ou lavar as embalagens dos produtos nos mananciais;
•Não queimar as embalagens;
•Acondicionar as embalagens em local apropriado e devolver à indústria que o produziu.

MATA CILIAR



Mata ciliar é a mata nativa que cresce à margem dos mananciais, e são assim chamadas por terem a mesma função que os cílios tem para nossos olhos: a proteção. Sem a mata ciliar, ocorre o processo de assoreamento, que acontece quando a terra é carregada para os mananciais através da chuva, deixando a água barrenta e os mananciais mais rasos, com menos água. Além disso, junto com a terra, são carregados também agroquímicos, que contribuem na poluição da águas. A mata ciliar age como um filtro, segurando a terra e impedindo-a de entrar nos mananciais. Elas também ajudam a terra a absorver a água das chuvas, que será lentamente reintegrada aos mananciais.

As matas ciliares são protegidas pela lei nº 4771, alterada posteriormente pela lei nº 7803. Essa lei determina que uma faixa mínima de 30 metros as margens de pequenos córregos não pode ser ocupada com culturas, edificações ou criações. Essa faixa é proporcional ao manancial.

É importante ressaltar que, onde não há mata ciliar, é necessário recuperá-la. São várias as razões para recompor a mata ciliar. Veja:
•Evita o desmoronamento das margens dos mananciais;
•Evita que a terra chegue na água;
•Filtra os agroquímicos que contaminam os mananciais;
•Filtra os adubos que desequilibram o ecossistema aquático;
•Ajuda a reabastecer o lençol freático;
•Regula a disponibilidade de água nas nascentes, bicas e poços;
•Aumenta o oxigênio na água;
•Contribui para diminuir o efeito estufa;
•Fornece alimento para os peixes;
•Fornece alimento e moradia para fauna;
•Diminui os riscos de pragas na lavoura;
•Valoriza a propriedade rural.

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ÁGUA NO BRASIL



O Brasil é um país privilegiado em relação aos recursos hídricos, detendo 20% de toda a água doce superficial da Terra. Desse volume, cerca de 80% encontra-se na Amazônia.

A Bacia Amazônica, com 6 milhões de quilômetros quadrados, é a maior bacia fluvial do mundo, abrangendo além do Brasil, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. A segunda maior bacia hidrográfica do mundo, a Platina, também está parcialmente em território brasileiro.

Além dos recursos hídricos que estão na superfície há também as águas subterrâneas: o aqüífero Botucatu/Guarani, um dos maiores do mundo, possui quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sendo que 70% localiza-se em território brasileiro. Entretanto, as maiores concentrações urbanas situam-se distantes dos grandes rios, como o São Francisco, o Paraná e o Amazonas. Conseqüentemente, dispor de grandes reservas hídricas não significa o abastecimento de água para toda a população.

Aqüífero Guarani



Este aqüífero se espalha por 1,2 milhões de km² em sete estados brasileiros e abrange ainda a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. Algumas cidades como Ribeirão Preto já se abastecem de suas águas. Desde 1994, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) de Jaguariúna, SP, analisa sua contaminação. Foram encontradas concentrações baixas de herbicidas, mas preocupantes. Se continuar sendo contaminado, pode chegar a índices críticos, comprometendo a utilização dessa água. Preocupada com esses resultados, a empresa procura os locais de recarga para analisar a contaminação.

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UTILIZAÇÃO DA ÁGUA NA REGIÃO



Estima-se que cada pessoa consuma em média 55 metros cúbicos (55 mil litros) de água por ano apenas para realizar atividades domésticas. No entanto, quando se distribui o consumo total de água de uma região pelo seu número de habitantes, encontra-se um valor ainda maior: no Estado de São Paulo, por exemplo, esse valor chega aproximadamente a 250 metros cúbicos; na França, ele passa dos 500 metros cúbicos; Nos EUA, chega a quase 2 mil metros cúbicos. A maior parte da água é consumida pela indústria e pela agricultura, ou é perdida em vazamentos.

Há dois fatores a serem levados em consideração para se entender como a escassez de água tornou-se um problema crônico: a sazonalidade e a qualidade da água. A sazonalidade é a disponibilidade de água não uniforme em todos os períodos do ano. Em nossa região, por exemplo, as chuvas concentram-se no verão, aumentando a vazão dos rios e a disponibilidade de água, enquanto no inverno predominam a forte estiagem e ameaças de desabastecimento. Quanto à qualidade da água, o lançamento de esgoto e resíduos industriais e agrícolas sem tratamento vem transformando parte da água que era viável para o aproveitamento humano em inviável. É o que está acontecendo, por exemplo, no Rio Atibaia. Em Sumaré, este rio apresenta 125 miligramas de coliformes fecais em cada litro de água, enquanto o aceitável seria, no máximo, cinco miligramas.

Deve-se levar em conta a disponibilidade de água em relação ao número de habitantes da região. Assim, enquanto a disponibilidade de água média no Brasil é superior a 20 mil metros cúbicos por habitante, a cada ano, na região das bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí esse número não chega a 1,5 mil. Uma região cuja disponibilidade de água para cada habitante é inferior a 1,7 mil metros cúbicos anuais é considerada sob estresse hídrico. Em nossa região, em 1996, este índice chegou a 1312 metros cúbicos. Embora o consumo anual na região represente cerca de 20% deste montante (250 metros cúbicos por pessoa), é importante lembrar que este número representa a disponibilidade média anual, e que, em nossa região, os efeitos da sazonalidade são determinantes. Nos períodos mais longos de estiagem, a disponibilidade de água cai para menos de 500 metros cúbicos para cada habitante, situação considerada de escassez crônica. Nestes períodos, mesmo estimando-se a vazão total da bacia em torno de 50 metros cúbicos por segundo, a vazão existente em cada ponto do rio é tão baixa que inviabiliza a captação, e a concentração de poluentes torna-se tão alta que inviabiliza o tratamento. É o que os técnicos chamam de "vazão virtual".

CHUVA ÁCIDA



Os veículos e indústrias queimam gasolina, álcool, óleo diesel, carvão, gás natural e soltam gases na atmosfera. Esses gases, principalmente o enxofre e o nitrogênio, são os responsáveis pela chuva ácida. Eles sofrem reações químicas na atmosfera e combinam-se com o vapor de água, formando a chuva ácida. Quando a chuva é muito ácida, seu efeito não é neutralizado pela natureza e o solo vai se tornando estéril e a vida aquática prejudicada. Veja abaixo os prejuízos da chuva ácida:· Saúde: A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam no solo, podendo alcançar rios que são utilizados pelo homem causando sérios problemas de saúde.

Arquitetura:

ajuda a corroer os materiais usados nas construções, destruindo casas, represas, turbinas hidrelétricas, etc.

Lagos:

os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito da chuva ácida, podendo chegar a um ponto que perde toda a sua vida aquática.

Desmatamentos:

mata as árvores, e as plantas que se utilizavam da sombra destas morrem devido a exposição excessiva ao sol, formando então uma clareira. Essas reações podem destruir florestas inteiras.

Agricultura:

afeta as plantações da mesma forma que as florestas, só que mais rapidamente.

AQUÍFEROS



Aquíferos são depósitos naturais de águas subterrâneas. O aquífero pode ser freático ou artesiano.

Aquífero freático:

Essa água encontra-se sob a superfície do solo, retida sobre uma camada de rocha ou solo compactado que é praticamente impermeável.

A sua profundidade desse aquífero é bastante variável. Nascentes deste depósito natural ocorrem quando a água encontra um caminho para a superfície do solo. Quando perfuramos um poço comum, fossas ou construímos a fundação de casas, podemos encontrar estas águas.

Aquífero artesiano:

formado quando a água encontra camadas mais profundas. Apesar de existirem nascentes de lençóis artesianos, estas são mais raras, e apresentam uma vazão de água elevada. A água subterrânea está associada ao ciclo hidrológico e o volume disponível dela depende da recarga da água da superfície. Para estimar a disponibilidade do aquífero, é necessário determinar o escoamento da bacia que faz a recarga do aquífero. É difícil saber a quantidade de água subterrânea que pode ser retirada de um aquífero. Os aquífero estão cada vez mais sendo utilizados no mundo todo, inclusive em nossas bacias hidrográficas. Quando se usa essas águas para irrigação ou abastecimento público, utilizamos normalmente muito mais que sua capacidade de recomposição. A utilização dessas águas para o abastecimento pode resolver o problema da água imediato, mas acarreta problemas muito sérios a longo prazo, como a falta de água para futuras gerações, contaminação dessas águas e a acomodação do solo na superfície. A contaminação das águas de aquíferos é muito lenta, mas quase irreversível, pois a recomposição também é lenta. Vários estudos já estão sendo desenvolvidos para analisar onde são os pontos de recarga de aquíferos para protegê-los.

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